É nessa família que encontramos as araras, papagaios, periquitos, jandaias, maracanãs, tuims, agapornis, etc. No mundo, as espécies encontram-se distribuídas pela área tropical do globo terrestre (neotropical, afrotropical, oriental e australiano) e irradiam-se para as áreas subtropicais e frias. O Brasil é o país mais rico do mundo nesta família, possuindo desde exemplares menores como o tuim com 12 cm até o maior representante, como a arara-azul, com 1 m de comprimento. Na época do descobrimento de nossas terras, essa abundância já era reportada, sendo o nosso país designado como “Terra dos papagaios” (Brasília sive terra papagallorum).
As principais características dessas espécies são possuir uma cabeça larga e robusta onde se apóia um bico forte, alto e curvo especializado em quebrar e descascar sementes. Para ajudar na manipulação dessas sementes, eles ainda possuem uma musculatura na mandíbula e na língua muito desenvolvidas. Possuem pés curtos, mas muito articuláveis, que além de sustentarem o corpo dos animais, auxiliam na manipulação dos alimentos que consomem. Tanto os machos como as fêmeas possuem lindas plumagens com cores exuberantes, conferindo-lhes uma beleza inigualável. Usualmente os sexos são bem parecidos.
Esta família é constituída de 78 gêneros (divisão dentro da família), onde são distribuídas 332 espécies de psitacídeos. Estudos realizados em 1994 mostram que 86 dessas espécies estão criticamente muito próximas da extinção e outras 36 ameaçadas de extinguirem se medidas não forem tomadas. Só no Brasil vivem cerca de 84 espécies distribuídas em 24 gêneros